Em plena Revolução Francesa, no dia 12 de abril de 1789, em Cereta na Itália, nascia Antônio Maria Gianelli.

Filho camponeses, Giacomo e Maria, Gianelli tinha cinco irmãos. Todos viviam humildemente no campo, cultivando as terras de seus patrões. Vivam de forma simples e desde cedo, através do dom da caridade, intrínseco em sua essência, Gianelli desenvolveu o espírito de sacrifício e a capacidade de dividir e partilhar com o próximo.

Desde cedo, era assíduo na sua paróquia e presente na comunidade cristã. Embora sua família fosse muito pobre, uma senhora conhecida como Nicoletta Assereto, dona das terras que os pais de Gianelli cultivavam, custeou os estudos do jovem, que com isso, frequentou como aluno externo as aulas do seminário até sua ordenação, em 1812.

Para pode estudar, Gianelli caminhava uma hora todos os dias, para poder chegar a escola. Na volta, no final da tarde, juntava lenhas e gravetos pelo caminho para as senhoras idosas ue moravam perto de sua casa.

Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica por décadas e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital, no qual defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. Dedicava-se muito às pregações populares e estava sempre próximo ao povo, aos mais pobres.

No ano de 1827 criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a proteção de Santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e a organização do clero. Anos após, fundou uma congregação feminina, a qual destinou à educação gratuita de meninas carentes.

Esta obra era, na verdade o início da Congregação religiosa que foi fundada em 1829, as “Filhas de Maria Santíssima do Horto”.

No ano de 1838 foi nomeado Bispo, reorganizando sua diocese e como uma de suas ações, punia os padres pouco zelosos e até mesmo expulsava os indignos. Gianelli era revolucionário e à frente de seu tempo. Bondoso, caridoso e exigente, buscava sempre ajudar ao próximo, àqueles que eram ignorados pela sociedade, os mais pobres.

Foi Sacerdote, Arcipreste de Chiávari, fundador do Instituto das Filhas de Maria Santíssima do Horto, uma de suas obras mais importantes e Bibo de Bobbio. Sua vida sacerdotal foi um zelo missionário, atendendo aos pobres e missionários até os últimos dias de sua vida.

Infelizmente, foi vitimado muito cedo, por uma febre muito forte, provavelmente de uma tuberculose. Morreu no dia 07 de junho de 1846, aos cinquenta e sete anos, enquanto se recuperava em Piacenza, uma cidade Italiana.

Em toda sua obra escrita, deixou inúmeros e significativos pensamentos e textos, dentre eles o nosso Lema: “Fora do impossível, é preciso fazer tudo!”. Enfatizava que o Clero deveria viver uma vida simples, assim como a de Jesus Cristo.

Em 1951, Antônio Maria Gianelli foi canonizado por Pio XII. Suas Instituições femininas florescem até hoje, especialmente na América Latina. Gianelli é conhecido por muitos como o Santo das Irmãs.

Em toda sua vida e missão sacerdotal, estendeu à mão aos verdadeiros necessitados, crianças e mulheres.

Santo Antônio Gianelli – Rogai por Nós!